Wagner Borges | Trecho Adiantado do Programa de 26/06/2022

Wagner Borges

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Transcrição

Enquanto eu vinha para a rádio, subindo uma rua perto da minha casa e indo para a estação do metrô, percebi uma esfera de luz flutuando acima da minha cabeça, a poucos centímetros, quase encostada na boca do meu chacra coronário -- o chacra do topo da cabeça, chamado originalmente em sânscrito de Sarrasara, ou o lótus das mil pétalas, o único chacra que aponta para cima, para as estrelas, para outras etapas evolutivas no infinito.

E aquela esfera de luz, me acompanhando, eu subindo a rua, eu tava com fone de ouvido escutando música e, eu não fiz nada, simplesmente essa esfera estava me acompanhando por cima, naturalmente, como se fosse alguma inteligência extrafísica bem-feitora que projetava aquela luz acima de mim, para uma finalidade que ainda não tinha me tocado.

Quando entrei no metrô, coloquei a máscara obrigatória no transporte público, tô escutando música e eu perdi, não percebi mais essa esfera. Então, enquanto eu descia as escadas do metrô, eu me lamentei, pensando que poderia carregar aquela esfera comigo para levar essa atmosfera para a rádio, pra me inspirar alguma coisa, que eu possa falar para os ouvintes.

Aí, sentado dentro do metrô, eu percebi que aquela esfera havia descido para dentro do meu peito, e eu não percebi, e ela continua dentro do meu chakra cardio-respiratório agora, flui até os chacras das mãos. Quando cheguei aqui, pedi ao Euri, antes do horário, que me desse um tempinho para poder gravar o que eu estou sentindo.

Escolhi uma música do Filipe Chapman, um tecladista inglês que gosto. O Euri generosamente aceitou gravar antes comigo. E, agora eu quero compartilhar com vocês o que essa esfera de luz no meu peito está me inspirando a falar aqui e agora.

Vamos lá.

Às vezes, o Alto inspira algumas coisas celestes no coração do homem, coisas mais altas que são muito difíceis de serem comunicadas em palavras normais. Uma luz que é um pedacinho celeste e que comunica espiritualmente ao coração do homem alguns toques conscienciais.

Às vezes, uma música adequada nos faz viajar nas asas da inspiração, nos faz lembrar da Pátria original, que é o Plano Espiritual, de onde viemos e que certamente um dia retornaremos para lá. Nos faz lembrar das estrelas, para que não nos esqueçamos de que a vida não é somente aqui no plano físico; a vida continua em outras etapas. Aqueles que nós amamos, e hoje moram lá na casa das estrelas, continuam bem vivos. Ah, como eles estão vivos!

Os cinco sentidos do corpo não conseguem perceber a realidade do infinito, além das percepções comuns. Porém, podemos sentir isso no centro do nosso coração, e não há como comunicar isto para outros fora da mesma sintonia; outros que dirão isso é pura fé e, no entanto, eu e vocês ouvintes, nós sabemos que a vida continua. Nós podemos sentir isso em espírito e verdade. O momento de cada um é que faz a percepção acontecer, e muitas vezes o Alto se utiliza dos próprios homens para comunicar pedacinhos celestes em palavras para os próprios homens.

Então, nós viajamos espiritualmente, sem sair do lugar; seja nas asas da música, seja nas asas da inspiração, seja pensando nas estrelas. Seja pensando naqueles que partiram e que hoje vivem nos planos extrafísicos. Seja sentindo isso dentro de nós mesmos.

Nós somos pequeninos diante do infinito. Nosso planeta é jovem diante de outros astros e orbes que existem há muito mais tempo. Somos jovens aqui neste pedaço do universo, e viemos aqui aprender um monte de coisas, que são daqui, que precisam ser vividas aqui, agora. Por isso, nós estamos aqui, assim como estiveram aqui muitos outros que nós conhecemos, e que no teu tempo passaram para outros planos e estão lá, neste momento, vivendo, aprendendo também o que tem que ser aprendido lá e avançando, descortinando novos horizontes, expandindo a consciência. Todos muito bem vivos!

A vida não é somente a matéria; são os pensamentos, os sentimentos de alguém, suas energias. E sim, é possível estarmos interligados, interplanos, sem os limites do espaço toldando as nossas percepções. Podemos estar interligadas por energias, pela generosidade do Alto que permite essas interconexões.

Do mesmo jeito que tem uma esfera de luz aqui dentro do meu peito, que se comunica na luz, não por palavras, alguns de vocês também podem sentir esta mesma luz dentro de vocês, seja por sintonia espiritual, seja por inspiração, e sabendo que lá, na casa das estrelas, os seus entes queridos também têm uma esfera de luz dentro deles. E é assim que se pode haver uma comunicação da esfera de luz no seu peito com a esfera de luz no peito deles lá no astral, no corpo espiritual deles. E então, as consciências podem se tocar por entre os planos, e aí a certeza surge, na câmara secreta do coração. Aí você dirá: "eu não mais acredito, eu sei, eu tenho certeza, não é mais crença. Eu sei". E o mundo inteiro poderá dizer que não, mas você sabe.

Esta luz não deixa dúvida - a mesma luz que permeia as estrelas. Aqui e agora, eu agradeço as presenças invisíveis que projetaram esta luz sobre a minha cabeça, e que desceu até o meu coração. Esta luz que me faz projetar estas palavras aqui, agora, para vocês.

Eu finalizo isto com as palavras do sábio Shankara, que vocês conhecem das muitas vezes que eu falava aqui, que diz assim: "Almas livres tranquilas e magnânimas, que como a primavera, fazem bem a todos, ajudam aos homens na longa travessia pelos mares encapelados do carma, nas existências seriadas nos orbes densos. São almas livres e ajudam a todos incondicionalmente, sem jamais esperar reconhecimento público, e fazem isso apenas por sua própria bondade. Essas almas livres sempre apontam na direção do porto da consciência cósmica. E são essas almas livres que ensinam que há uma luz que brilha mais do que bilhões de sóis juntos, que é a essência da alma. Esta é a luz que mora no coração."