"Meus filhos, ninguém escarneça da Criação. O grão de areia é quase nada, mas parece uma estrela pequenina refletindo o Sol de Deus. O grão, que ao pisarmos é insignificante, ganha dimensão inimaginável quando, junto com outros grãos, vira instrumento do passar do tempo." psicografia por Chico Xavier
Exu Caveira | Consequências da ignorância espiritual.
Esse é o estado em que se encontra um espírito doente, que foi trazido aqui para sentir um pouco de amor, um pouco de entendimento. Ele não tem mais. Ele está mergulhado no mais profundo de uma inconsciência adquirida pela sua conduta.
No Plano Espiritual, aportam inúmeras almas, todos os dias e noites, em condições péssimas do Espírito. E, quando estavam encarnados aqui na Terra, nem imaginavam qual era a sua condição espiritual, apesar de serem alertados o tempo inteiro, por um ou outro, numa religião ou outra, nunca dá ouvidos. E isto é uma doença, uma epidemia, uma pandemia perniciosa, extremamente contagiosa, e pertinente neste planeta por causa da ignorância do Espírito. E, quando você traz a informação, a instrução da realidade, não se dá ouvidos, não acredita ou ataca, julga. E a vida vai passando... a encarnação vai passando... e não há o reajuste da alma, da mente, dos pensamentos, das atitudes e das emoções. E o desencarne chega, e a condição à qual se encontra é deplorável.
Se encontra nas esferas umbralinas, nas furnas umbralinas, totalmente dementado, sem saber onde está, como foi parar ali, o porquê está ali, se sentindo injustiçado, outros achando que estão num pesadelo eterno que nunca acaba. Totalmente dementados, porque quando estavam na carne não aproveitaram a benção da encarnação para se instruírem, e aplicar o Evangelho do Cristo nas suas vidas de forma saudável, não religiosa, com alegria. Preferiram o abismo profundo dos vícios. O abismo profundo das paixões. E isto se repete a todo instante.
Hoje eu vou contar a história de um homem. O homem que assassinou um amigo, companheiro de trabalho, porque não queria pagar uma dívida à qual lhe devia, para este amigo. Depois que ele assassinou este amigo, e este amigo se viu fora do corpo, ele iniciou um processo insano de vingança. Se tornou... o amigo se tornou um verdugo atroz, e este processo, este pensamento de vingança durou 30 anos até que entidades venerandas agissem.
O pensamento de vingança do desencarnado associado à culpa do assassino, estabeleceu ligações fluídicas com fios tenuíssimos do espírito vingador com seu algoz. Esses fios tenuíssimos se ligaram do tórax do desencarnado ao tórax do encarnado, da cabeça do desencarnado à cabeça do encarnado. Inicialmente se tornou processo simbiótico-espiritual. Com o passar do tempo se tornou um processo de parasitismo profundo. E muito trabalho deu para espiritualidade, para que houvesse essa separação. Quando o encarnado, o verdugo, o assassino dormia, seu espírito se desprenda do invólucro carnal. Ali estava o assassinado, ali estava o vingador, e começava a briga, a discussão. Toda vez que ele dormia era a mesma coisa, por causa de um assassinado, por causa de dinheiro. Dinheiro que ele devia.
Assim é o humano da Terra. Assim como há a história do homem, pai de família, cumpridor dos seus deveres, trabalhador, não deixa faltar nada para os filhos, para mulher. Carinhoso com os filhos, com a mulher, um bom homem que trata bem a todas as pessoas, mas existia um problema. Este homem acumulava dinheiro, riquezas e riquezas, riquezas, acumulando excessivamente. Incapaz de ajudar um próximo necessitado. Incapaz até de ajudar com o que resta, com o que restava à ele. Se tornou, mergulhou no oceano profundo do suvinismo, mergulhou na profunda treva do egoísmo e do materialismo.
Até que seu desencarne chega, e o espírito deste homem automaticamente após o desencarne, foi tragado, magneticamente, para um vale. Um vale dos egoístas, um vale de trevas, escuro, fétido, carregado de miasmas, formas-pensamento criadas pelas mentes que ali habitam. E, ali, ele se encontrou com muitas outras almas que levaram uma vida muito parecida com a dele, todos juntos por afinidade num universo sombrio, numa prisão magnética criada pelas suas próprias mentes. Um inferno criado por eles. Eles se colocaram ali por causa do materialismo excessivo, o egoísmo, um desamor para com seu próximo, imenso.
Onde ele depositou toda a sua força, toda sua dedicação, na matéria, foi a sua queda. A sua queda para dimensões inferiores de sofrimento, e ali ele ficou por 45 anos até chegar o resgate. E o resgate só chegou depois que o coração dele, empedrecido pelo egoísmo, começou a ceder, e a surgir o arrependimento até que ele lembrou de Deus, e orou com amor. E, assim, os espíritos venerandos puderam resgatá-lo e se fazerem visíveis com emanações fluidicas no seu chacra frontal. Por que não eram vistos, por causa da questão vibratória não eram enxergados. Se sentia injustiçado, achava que estava num pesadelo eterno que nunca acaba. Clamava pelos filhos, pela mulher, que já estava separado há mais de 40 anos. A mulher já desencarnada numa colônia espiritual, e ele clamava como se ela estivesse ainda encarnada. Os filhos já crescidos, encarnados, casados. E ele clamando pelos filhos como se eles fossem crianças. Sem a mínima noção de tempo numa dimensão sombria, onde aquele que habita esta dimensão não tem ideia de espaço e nem tempo. Um verdadeiro inferno criado por uma mente.
Assim é com religiosos ortodoxos, agressivos, julgadores, fundamentalistas, sectaristas, intransigentes, fanáticos. Pregam Jesus, pregam o amor, pregam a paz, mas a conduta com teu irmão de outra religião é de ódio, fúria, julgamento, agressivo, críticas agressivas e violentas para com teu irmão, filho de Deus, como você. Teu irmão que Deus ama profundamente. Como podes pregar o amor se o amor não está na tua conduta para com teu irmão? O amor nunca esteve dentro de você, ele só está nas tuas palavras belas, por causa das passagens da Bíblia que estão decoradas na tua cabeça, na tua mente, mas não estão nas duas atitudes. Após o desencarne chega a decepção, e você se sente injustiçado quando se vê no inferno que tu tanto lutou contra, ou achava que lutava contra, quando na verdade o inferno sempre esteve dentro de você, por causa das duas condutas.
Então, depois do desenlace do teu espírito com o corpo, é para esse inferno que o teu espírito vai. E, lá, tu podes ficar por décadas, ou até séculos, até que a misericórdia divina se compadece da tua alma e te dá uma nova chance. Isto se chama ignorância. A tua conduta, a tua forma de agir com teu irmão, se chama treva. Tu prega contra as trevas, mas a treva está dentro de ti. Se a luz que tu diz que há dentro de você são trevas, quão grande não são essas trevas?
Muitos, mesmo com todas as informações que são trazidas nos livros, após a morte do veículo carnal se encontram nestas regiões de sofrimento. Por isso as regiões umbralinas ainda estão cheias. Se esvazia com o resgate, enche de novo. Esvazia hoje, hoje mesmo, uma hora depois do resgate já começa a chegar mais almas, para o mesmo lugar. Porque inferno é um estado de espírito. O umbral é o externar do teu interior, é o teu interior aberto para todos verem. Umbral, as trevas e o abismo, é o retrato e a tua posição interna, é o retrato do teu espírito, é o retrato do que tu sente, do que tu pensa e do que tu faz. É a sombra que há dentro de ti.
Assim como o céu, regiões de luz, de amor, pode também ser o teu interior, o retrato do teu interior. Qual é o filme do teu interior? Qual é o retrato do teu interior? O que há dentro de você? Luz ou sombra? Sombra ou luz? A pergunta que eu faço é: tu estás preparado para lidar com teu lado sombra, que pode ser muito maior do que o teu lado luz? Estás preparado para ficar face a face contigo? Porque depois do desatar dos laços fluídicos que prendem o teu corpo perispirítico ao teu corpo físico, tu se depararás contigo mesmo.
E, o que tu vem alimentando na tua jornada encarnatória? Como está a tua vida? Como está o teu agir? Como está a tua atitude para com o teu próximo? Para com a tua família? Para com as pessoas na rua? Para contigo mesmo? Você pode ser o destruidor do teu próprio espírito. Você é que faz o teu destino, o teu futuro. Qual é o caminho que tu escolherás? Qual é a tua escolha? A luz ou a treva? O Cristo ou diabo? O que você vai escolher? Não adianta dizer com a boca, agora, o Cristo, se as tuas atitudes são totalmente opostas ao que ele ensinou. Porque tu ouve o que ele diz, mas tu não compreende. Tu prega o que ele ensinou, mas nas tuas atitudes é o contrário, porque tu não entende o que ele disse, ou tu não quis entender.
Até quanto esta ignorância? Porque o responsável pelo teu sofrimento é você mesmo.
Criatura de Deus, irmão, que a paz de Deus e do nosso senhor JesusCristo te ilumine, e te retira e te mova desta ignorância.
Do seu irmão que te ama, mesmo que você não me aceite, Exu Caveira. Laraioê, Exu!
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